AQUI VAMOS DESTACAR O FOLCLORE POTIGUARES

domingo, 23 de janeiro de 2022

FOLCLORE

 


GATO NO POTE
– É uma tradição carnavalesca algures no norte de Portugal, em que um gato é colocado dentro de um pote de barro. O pote é içado por umas cordas ao topo de um poste, na base do poste faz-se uma fogueira, após o que se lança fogo às cordas que suportam o pote com o gato lá dentro, as cordas ardem, o pote cai em cima da fogueira, o gato foge esbaforido, certamente chamuscado pela chamas da fogueira e a multidão urra de contentamento e acaba a beber uns copos, enquanto o gato deve ir lamber as feridas para outra freguesia.

QUADRILHAS JUNINAS

Nos salões do império, era a quadrilha a primeira dança a ser executada, preferida da classe palaciana, pois a elite brasileira vivia voltada para a Europa, principalmente a França, copiando modelos de roupas, comidas, leituras e até os gestos. Portanto, a quadrilha no século XIX se tornou a dança predileta. A quadrilha se popularizou, invadiu a zona rural e embora esteja em extinção no sul do país, é muito forte em todo o estado de Sergipe nos períodos juninos. A indumentária é colorida e confeccionada com matéria-prima tipicamente nordestina, couro, rendas, brim, viés, fitas, espuma e napa.

Casamento na Roça ou Casamento Matuto, como é mais conhecido pelos potiguares, é um grande aliado das festas. Cultura e tradição são mantidas intactas. Tudo é exagerado e jocoso. Geralmente a noiva é "barrigudinha", caracterizando a "pressa" dos noivos e a pressão dos pais da noiva e do delegado.

         As festas juninas têm início no dia 13 de Junho, atingindo seu ponto mais alto no dia 23 e terminando no dia 29. No campo, o homem faz uma pausa em seus trabalhos e se volta para Deus. A fim de pedir sua benção para a colheita próxima. Usa para tal os espíritos superiores, aos quais tem devoção, Santo Antônio, São João e São Pedro. Nessa época reina os festejos juninos, tudo muito caipira e cheio de comidas típicas, cada uma referente a uma região. Em Rodolfo Fernandes, especialmente, o São João, com o Arraiá de Rua, o maior da região, criado em 23 de junho de 1985, pelo prefeito Francisco Germano Filho, não poderia ser diferente. Em todos os cantos se encontram fogueiras, bandeirolas, comidas típicas, pé-de-serra e muita animação. As quadrilhas são um espetáculo à parte, uma junção de moderno e antigo, sempre preservando os costumes locais.

BONECOS MAMULENGO

Mamulengo é uma espécie de divertimento popular que consiste em representações dramáticas, por meio de bonecos, em um pequeno palco ligeiramente elevado. Por detrás do pano escondem-se uma ou duas pessoas adestradas, fazendo com que os bonecos se exibam com movimento e fala.

      MALHAÇÃO DE JUDAS OU QUEIMA DE JUDAS

     Malhar o Judas é uma prática ainda muito comum no Brasil, apesar de o costume praticamente ter sido banido das grandes cidades por falta de locais adequados e dos perigos que representa. No interior, entretanto, a tradição continua viva, e os bonecos de palha ou de pano, pendurados em postes de iluminação pública e galhos de árvores, são rasgados e queimados no sábado de Aleluia.

Tradição popularíssima na Península Ibérica, radicou-se em toda a América Latina desde os primeiros séculos da colonização européia. No Rio de Janeiro oitocentista, os judas - com fogo de artifício no ventre - apareciam conjugados com demônios, ardendo todos numa apoteose multicolorida que o povo aplaudia.

O Judas queimado é uma personalização das forças do mal e constitui vestígio de cultos agrários, em muitas partes do mundo. Vários historiadores registraram o uso, quase universal, de festas de alegria no início e fim das colheitas, para obter melhores resultados nos trabalhos do campo.

Queima-se um manequim representando o deus da vegetação. Pela magia simpática, o fogo é o sol e o processo se destina a garantir às árvores e plantações o calor e a luz indispensáveis, submetendo a figura ao poder das chamas. O sacrifício do mau apóstolo é, então, uma convergência de tradições vivas no trabalho agrícola.

No Brasil, é costume antigo fazer-se o julgamento de Judas, sua condenação e execução. Antes do suplício, alguém lê o "testamento" de Judas, em versos, colocado especialmente no bolso do boneco. O testamento é uma sátira das pessoas e coisas locais, com graça oportuna e humorística para quem pode identificar as figuras alvejadas.

     Judas, apóstolo traidor, cognominado Iscariotes por ser oriundo de Carioth, cidade ao Sul de Judá, já um ano antes da Paixão de Jesus tinha perdido a fé no Mestre, mas continuava a acompanhá-lo por comodidade e para ir furtando do que ofereciam aos apóstolos.

     Obcecado pelo dinheiro, antes de se afastar de Cristo, resolveu entender-se com os sinedritas - membros do Sinédrio, conselho supremo dos judeus -. Judas assistiu ainda à última ceia, em que Jesus revelou a sua traição, mas foi logo ao encontro dos inimigos de Cristo para cumprir o que tinha combinado e receber 30 dinheiros. Consumada a traição, arrependeu-se, quis restituir o dinheiro, mas, repelido pelos sacerdotes, enforcou-se numa corda.

BOI CALEMBA

Uma das principais manifestações brasileiras, que provavelmente surgiu no final do século XVIII, por influência da tradição portuguesa e dos faraós do Egito (adoradores do Boi Ápis, deus da Fertilidade), e que logo se espalhou por todas as regiões do nosso país, com diferentes nomes e interpretações. Este auto relata a história de um casal de negros retirantes que robou uma novilha de predileção de uma fazenda, a matou e a repartiu com os outros negros. O fazendeiro, dono do boi, ficou tão desolado que mandou chamar um índio feiticeiro para que, na sua presença, com algumas palavras sagradas, o fizesse ressuscitar.

Boi-Bumbá, Bumba-meu-Boi, Boi-de-Reis, Bumba-Boi, Boi-Surubi, Boi-Calemba ou Boi-de-Mamão, são nomes dados a essa manifestação que tem na figura do boi o personagem central, representado por uma cabeça de boi empalhada, ou modelada, e de corpo feito de papel ou de pano colorido e muito enfeitado. A dramatização é feita geralmente nas praças públicas, onde começam fazendo uma louvação religiosa. Ao som de cantigas entoadas por cantadores do conjunto musical que os acompanham, entremeiam-se pequenos quadros em que os atores representam suas preocupações cotidianas, sendo que no final o boi sempre ressuscita e sai dançando no meio de todos.

                 Segundo Deífilo Gurgel, o Boi Calemba se diferencia dos outros brasileiros e não tem enredo, por ter se descaracterizado, "limitando-se o brinquedo hoje, pelo menos em Natal e em São Gonçalo, quase só as danças e cantigas".

                 Do elenco se destaca o Mestre que, quase sempre, é o dono do espetáculo. Deifilo Gurgel conta que "os antigos Mestres de Boi Calembra de Ceará-Mirim e São José de Mipibu vinham a Natal contratar seus espetáculos empunhando uma espada desembainhada", porque a espada simbolizava o poder.

                Outros personagens: os Galantes são em número de quatro a oito. As duas damas são, na realidade, dois meninos vestidos de mulher. Os mascarados possuem os seguintes nomes: Mateus, Birico e Catirina.

                  Entre as figuras, podem ser citadas: Burrinha, Bode, Cheque, Gigante e sua mulher Dra. Maria Zidora da Conceição Pia.

Como disse Deífilo Gurgel, natural de Areia Branca-RN,nascido a 12 de outubro de 1926, filho de  Juvenal dos Santos Sobrinho e de Dalila dos Santos Gurgel, "O Boi é a figura central do folguedo. É o último que se apresenta. Depois que ele sai de cena, cantam-se as despedidas".

          Como se pode verificar neste trabalho que em Rodolfo Fernandes a vista as outras cidades, principalmente, as maiores, a cultura encontra-se em efervêncicia. Procurei falar um pouquinho desses eventos, primeiro, para incentivar as participantes e o Poder Executivo a continuar  gostando, amando e apoiando a cultura e o folclore; segundo, para levar ao conhecimento de prefeitos e povo de outras cidades que a cultura e folclore são duas peças importantes para que uma sociedade viva em paz e feliz.

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